Diz a politicamente incorreta sabedoria popular, tal como manifestada em para-choques de caminhão, que cabelo ruim é igual a bandido: ou está armado ou está preso.
Cabelo bom é liso, brilhante, esvoaçante, sem excesso de volume.
Exatamente o efeito da escova progressiva, a técnica milagrosa, embora quimicamente complicada, inventada por cabeleireiros do subúrbio do Rio de Janeiro em cujo altar mulheres de cabelão bandido se postam a cada quatro meses, mais ou menos.
Consagrado em nível nacional, o alisamento feito com formol, uma solução química de odor estonteante, e queratina, tipo de proteína existente em cabelos, pele e unhas, ultrapassou fronteiras. Chamada de Brazilian Hair Straightening, Brazilian Blowout, Keratin Treatment e outras denominações, a escova progressiva, que aqui também tem nomes variados (marroquina, de chocolate), é hoje oferecida em salões dos Estados Unidos, da Europa e do Oriente Médio, todos lugares capilarmente atrasados que se renderam ao feitiço brasileiro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário